Esse ano, foi um ano de grandes lições, foi um ano difícil e confesso que muitas vezes pensei em desistir de várias coisas ou simplesmente deixar pelo caminho. Porém, quanto maior o gigante que enfrentei maior foi vitoria, mesmo que essa tenha sabor de derrota, com o tempo percebi que ela na verdade foi uma lição que aprendi que não aprenderia de outro jeito.
A primeira lição importante de 2016 foi que planejar é sempre bom e nunca posso contar com o que irá acontecer e nem com as pessoas, tenho que ter sempre um plano B, C e D.
A segunda é que não devo nunca, sobre hipótese alguma confiar em pessoas, seja para emprestar algo que vou precisar depois ou para contar algum segredo. A pessoas são falhas assim como eu sou. Amizades acabam, amizades começam todos os dias, só tenho que ter serenidade e capacidade para entender que pessoas vem e vão e maturidade para deixar ir e aceitar as que chegam.
A terceira lição é que sou sobrevivente, apesar de perder muitas coisas, ser acusadas de outras e perder pessoas é que sobrevivi, e confesso que tudo isso me deixou mais forte.
A quarta lição é que muitos pessoas querem respeito atacando as outras, querem se defender apontando os defeitos dos outros, apontar os defeitos que você vê nos outros fala mais sobre os seus defeitos dos que dos outros. Sim, é isso mesmo quando aponto o defeito do outro falo mais das minhas fraquezas, das minhas limitações e mostro a minha ignorância, assim não resolvo o problema do outro e nem o meu problema. Pessoas que apontam muito os defeitos dos outros, são as que mais precisam de ajuda para se curarem.
A quinta lição é que o mundo está doente, muito doente, as pessoas estão cada dia mais apáticas e menos empáticas. Não se ama mais, não se é gentil mais e quando resolve ser, é para mostrar algo ou praticar pseudos atos de caridade, que só serve para postar nas redes sociais. Precisa urgentemente de pessoas que praticam a caridade sem tirar fotos ou sem quererem a gloria disso.
A sexta lição é que devemos sim sofrer com os que sofrem e mais ainda tentar lutar para diminuir o sofrimento do mundo. Para isso devemos recorrer a quinta lição.
A sétima é que antes de levantar bandeiras do tipo sou feminista, sou defensora dos animais é levantar uma única bandeira, a bandeira do amor e com ela a da tolerância, do respeito, da sabedoria, da empatia, da gentileza e da humildade, lutar pela melhoria da qualidade de vida de um todo e de todos.
A oitava lição é que eu devo ter menos preguiça e correr atrás do que acredito e não esperar que os outros me ajudem nisso.
A nona lição é que como cada um está focado em si mesmo, eu quero focar mais nos outros, começando pelo outros que moram comigo, se eu não for uma boa mãe, uma boa filha, uma boa madrinha, uma boa tia, irmã e cunhada, disposta a ajudar esses que estão sempre ao meu lado e que precisam de mim, eu não serei uma boa pessoa em nenhum outro lugar.
A décima lição é que nenhuma dessas lições fará sentido se eu não entender que eu sou dependente de Deus a todo momento e só posso confiar nEle, só posso ser uma pessoa melhor através dEle e só caminhar com a ajuda dEle.
Então em 2017, quero uma nova colheita e vou começar preparando o terreno com oração, semeando com a palavra de Deus e regando com jejum e perseverança e só assim poderei ter um futuro diferente, com lutas sim, mas com uma colheita maravilhosa.
Por Flaviana Ferro